Kids

DISTÚRBIOS DO COMPORTAMENTO E HÁBITOS ALIMENTARES

Na saúde infantil, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação e a Organização Mundial de Saúde recomendam que não sejam utilizados aditivos em produtos alimentares destinados a crianças menores de um ano.

O maior problema com a criançada é que os sistemas digestório e urinário ainda não estão totalmente preparados para processar uma alimentação que contém aditivos.
Os aditivos alimentares têm sido usados por séculos: nossos ancestrais usavam sal para preservar carnes e peixes; adicionavam ervas e temperos para melhorar o sabor dos alimentos; preservavam frutas com açúcares e conservavam pepinos e outros vegetais com vinagre. Entretanto, com o advento da vida moderna, a cada ano, mais aditivos têm sido empregados.

Aditivos alimentares são substâncias utilizadas sem propósitos nutricionais. “Eles têm como finalidade impedir alterações nos alimentos, manter, conferir ou intensificar seu aroma, cor e sabor, modificar ou manter seu estado físico geral ou exercer qualquer ação exigida para uma boa tecnologia de fabricação do produto". Em suma - é para a empresa, não para nós!
A existência de vários produtos modernos, tais como os de baixo valor calórico, fast-food, salgadinhos embalados (snacks), não seria possível sem os aditivos atuais. Estes são usados para preservar os alimentos, melhorar o seu aspecto visual, seu sabor e odor, e estabilizar sua composição. O número de aditivos atualmente empregados é enorme, mas todos eles passam por uma regulamentação federal antes do seu uso: alguns são permitidos somente em certas quantidades, enquanto que outros já foram banidos de nosso cardápio.
A ProTeste - Associação Brasileira de Defesa do Consumidor realizou uma pesquisa com molhos para salada industrializados e detectou que muitos deles contêm o conservante ácido benzóico, liberado no Brasil, mas apontado por muitos estudos como potencial causador de hiperatividade em crianças.

As principais características do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) na infância são a desatenção, a hiperatividade e a impulsividade. Além destas características básicas do transtorno, em mais de 50% dos casos, as crianças apresentam transtornos do aprendizado, do humor e de ansiedade.

Em pesquisa recente feita pela Universidade de Southampton, na Inglaterra, e publicada na revista científica Lancet, concluiu que corantes à base de benzoato e conservantes encontrados em alimentos infantis e refrigerantes podem estar relacionados à hiperatividade e distúrbios de concentração em crianças.

Até os anos 50, a coloração feita por fabricantes de alimentos era um processo simples basicamente através de recursos naturais. Por exemplo, quando queriam colorir uma bala de vermelho eles usavam beterraba; o verde era à base de clorofila de plantas e assim por diante. Entretanto a indústria química crescia rapidamente e na sua tentativa de aumentar as vendas eles viram a indústria alimentícia como um excelente cliente em expansão.
Entre as vantagens oferecidas pelos fabricantes de corantes e conservantes artificiais estava o baixo custo e o significativo aumento no prazo que os alimentos levariam para estragar nas prateleiras.

"Alguns aditivos podem ser substituídos por novos sistemas de embalagem e de processamento dos alimentos" - o que é bem melhor!. É o caso do leite longa vida, que passa por uma ultra pasteurização, é processado e envasado de forma asséptica e, por isso, não exige conservantes. Além disso, ele ressalta que substâncias como corantes são utilizadas pela indústria apenas para atender a uma expectativa de aparência do produto por parte das pessoas.

Há públicos que são ainda mais vulneráveis ao consumo dos aditivos, como gestantes, idosos, pessoas que têm alimentação pouco variada e, principalmente, crianças menores de três anos.

O maior problema com a criançada é que os sistemas digestório e urinário ainda não estão totalmente preparados para processar uma alimentação que contém aditivos. Na saúde infantil, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação e a Organização Mundial de Saúde recomendam que não sejam utilizados aditivos em produtos alimentares destinados a crianças menores de um ano.

Apesar disso, é importante ressaltar que há vários produtos no mercado para crianças menores de um ano que contêm aditivos, como iogurtes, gelatinas, refrigerantes, biscoitos, balas, dentre outros.